Secretaria de saúde confirma três casos de malária em Goiânia
Todos os pacientes moram na região do Parque Flamboyant, diz órgão. Forma de contato é investigada; cidade é tida como 'receptora' da doença.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou a existência de três casos de malária em Goiânia. Apesar da cidade não ser considerada uma área de contato, o órgão apura se existe algum foco da doença nos arredores do Parque Flamboyant, no Setor Jardim Goiás, região sudeste da capital, uma vez que todos os contaminados moram nesta região.
É o caso da aposentada Maria de Fátima Ferreira. Com febre e muita dor no corpo, ela procurou um unidade de saúde pensando estar com dengue, mas se espantou quando descobriu que havia contraído malária, há quase um mês.
No início, como o caso era considerado grave, ela ficou três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da capital. Depois, foi transferida para um leito onde ficou por mais quatro dias tomando medicação específica para a doença. Apesar de já estar em casa, ela ainda se sente fraca. "Estou assim bem debilitada, tentando me alimentar para ver se vai recuperando,", diz.
A diretora em Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, afirmou que até hoje não foi registrado nenhum caso de malária contraído em Goiânia, mas sim de pessoas que vieram contaminadas de outros estados.
“Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, não só Goiânia, mas o estado de Goiás e todos os demais estados, exceto o Rio Grande do Sul, são considerados estados receptivos para a ocorrência de casos de malária", pontuou.
A malária é uma infecção causada pelo mosquito Anopheles, que é muito parecido com o pernilongo. Ao picar alguém, geralmente ao entardecer e à noite, ele transmite um parasita que, dentro do corpo humano, alcança o fígado e destrói as células do sangue. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, cansaço e dor de cabeça e no corpo.
Flúvia diz que, em geral, a infecção não é letal e pode ser tratada."A pessoa pode ter malária por mais de uma vez. Na maioria das vezes é uma doença benigna, que não leva ao óbito e que tem tratamento específico", salienta.
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